Por Cristina Froes
Conforme prometi no artigo anterior, neste pretendo mostrar a forma com que os países subjugados ao regime genocida comunista da Rússia, se libertaram. Mostrar, principalmente, como o a população se levantou heroicamente contra aquela tirania, tendo à frente sua fé católica, orando e fazendo penitências conforme Nossa Senhora havia pedido em Fátima. E, sobretudo, mostrar que somente voltados à vontade de Deus obtemos a vitória.
Faço lembrar que, como no artigo anterior, estou a citar trechos do livro "A Ascensão e Queda da Revolução Comunista" de Warren H. Carroll. Para ilustração, deixei links sinalizados que tanto podem estar abaixo de algum parágrafo, como também estarem inseridos em alguma frase, sublinhados. Basta clicar neles.
A dissolução da União Soviética ocorreu em 25 de Dezembro de 1991. Sim, no dia do Natal! Na verdade, foi um processo gradual que se desenrolou de janeiro de 1990 a 31 de dezembro de 1991. No entanto, há fontes que indicam que se deu oficialmente no Natal de 1991, com a renúncia de Gorbachev, conforme texto abaixo.
"On December 25, 1991, Gorbachev yielded to the inevitable and resigned as the president of the USSR, declaring the office extinct. [...] After the dissolution of the Soviet Union on December 25, 1991, Russia claimed to be the legal successor to the Soviet state on the international stage. To that end, Russia voluntarily accepted all Soviet foreign debt, and claimed overseas Soviet properties as its own." (https://web.archive.org/web/20070808145942/http:/en.wikipedia.org/wiki/Soviet_Union)
Carroll confirma:
“… Gorbachev resignou formalmente o seu agora extinto cargo de Presidente da União Soviética em 25 de Dezembro, o dia da transferência oficial de todo o poder da União Soviética para a República Russa no Kremlin, solenizada pela mudança de bandeira ao cair da tarde. Esta mudança ocorreu às 19h35. Fora matéria de sonho para alguns, que imaginavam como esta poderia acontecer num longínquo dia de glória, mas nunca o esperariam tão cedo. Iluminada contra a escuridão, a bandeira vermelha com o martelo e a foice embateu e estalou ao sopro do vento Ártico. Durante 74 anos, esta sobrevoou o Kremlin, vívido e terrível símbolo da revolução suprema da qual o Kremlin fora a sede. Agora os seus dias eram findos. O mundo assistiu-o na televisão. As câmeras focaram-na. Sob o foco das câmeras, o tricolor da Rússia pré-revolucionária estava pronto para se erguer. Assim que o sangrento estandarte do apocalipse humano desceu abanando pelo mastro do Kremlin sob as estrelas radiantes da noite de Natal, a revolução comunista no ocidente morreu.” (Warren H. Carroll, A Ascensão e Queda da Revolução Comunista, pág. 778)
A história nos mostrou que as políticas de liberalização - glasnost (abertura) e perestroika (reestruturação) - voltaram-se contra o governo soviético. Pois, a partir daí as pessoas que viviam no bloco comunista começaram a aderir às medidas adotadas, tornando inevitável a busca pela libertação da tirania comunista de forma implacável. Assim, vários países, pouco a pouco foram se libertando. Cito abaixo alguns deles.
Alguns exemplos:
Hungria
“Depois, em Maio [1989] o governo húngaro com perspectivas reformadoras deu um passo sem precedentes para um país comunista. Este abriu as fronteiras nacionais com a Áustria. As barricadas de cimento e arame farpado que mantinham o povo húngaro dentro da sua terra oprimida… foram destruídas… Em 7 de Outubro, a conferência do Partido Comunista Húngaro votou 1,005 contra 159 pelo abandonamento da ideologia Leninista e renomeou-se Partido Socialista Húngaro. Alguns dias depois, o parlamento húngaro dispensou o nome comunista imposto ‘República Popular’ à sua nação… O parlamento alterou a sua constituição de forma a poder abarcar um sistema multi-partidário. A eleição directa de um presidente foi aprovada… no trigésimo terceiro aniversário da insurreição de 1956, em 23 de Outubro de 1989, a Hungria proclamou-se oficialmente livre da dominação Soviética. Eleições livres ao parlamento foram organizadas em Março e Abril de 1990. Apesar do grande número de partidos, os comunistas, com apenas oito por cento dos votos, ficaram em quarto lugar. O historiador Jozsef Antall, líder do Fórum Democrático, tornou-se primeiro-ministro de um governo de coligação e não-comunista em Maio de 1990.” (Warren H. Carroll, A Ascensão e Queda da Revolução Comunista, pp. 735-736)
Ainda em relação ao regime imposto na Hungria, vale destacar um caso de corajosa resistência ao comunismo. Falo de József Mindszenty que foi um cardeal húngaro, que se opôs tenazmente a este regime. Preso pelo regime comunista em 1949 e libertado por ocasião da Contra-Revolução Húngara de 1956, obteve asilo na embaixada dos Estados Unidos até 1971. Antes de sair do seu país, disse aos que foram despedir-se: "Logo virá o dia em que o tempo presente será cancelado, por ter sido arrasado pela sua própria insipiência. A pretensão de construir um mundo sem Deus será sempre ilusória." O Cardeal faleceu no exílio, em Viena em 6 de maio de 1975. Seu corpo é exumado e encontrado incorrupto, após 16 anos de sua morte. Modelo a ser seguido pelos católicos húngaros, segundo o Papa João Paulo II. o Pontífice se referiu a ele como "verdadeira testemunha da fé durante a perseguição do regime comunista". Conheça o Cardeal no vídeo abaixo:
Cardeal József Mindszenty
Com relação à insurreição - ou Contra-revolução húngara de 1956 - foi a primeira tentativa oficial de se libertar do dominação comunista da União Soviética. Foi um movimento espontâneo da população. Este movimento durou de 23 de outubro até 10 de novembro de 1956. Mas alcançaram definitivamente a liberdade, em 1989. E foi um dos mais importantes sinalizadores da queda do Muro de Berlim e da derrocada da União Soviética. Abaixo, um pequeno documentário:
Contra-revolução húngara de 1956
Alemanha Oriental
“Pela rápida forma como o momentum de mudança estava a construir-se nos últimos quatro meses de 1989, parecia improvável para a maioria dos observadores que houvesse em breve qualquer alteração fundamental no estatuto da Alemanha Oriental comunista. A sabedoria convencional defendia que a União Soviética, até mesmo sob Gorbachev, não iria nem poderia deixar escapar esta grande parte da população e território do seu inimigo supremo de duas guerras mundiais, e certamente nunca permitiria a reunificação da Alemanha. O chefe da Alemanha Oriental, Erich Honecker, era o mais duro líder comunista à oeste da China… [ele] tinha governado o seu país artificial à mão-de-ferro durante os último dezoito anos. Ele esteve envolvido na construção do Muro de Berlim e deu muitas vezes ordens para ‘atirar a matar’ em qualquer um que tentasse atravessá-lo, por baixo ou por cima, ordens essas que tiraram as vidas de cerca de duzentos homens e mulheres que fugiam desesperadamente da sua tirania.
Na capital de Honecker, o Muro de Berlim servia como uma constante lembrança de que viagens para o Ocidente eram proibidas a todos excepto a uma minoria oficialmente favorecida na Alemanha Oriental. Mas viagens a ‘fraternas nações socialistas’ eram permitidas. O problema, para Honecker, foi que no fim do Verão de 1989 duas dessas nações — Polónia e Hungria — estavam a deixar de ser fraternalmente socialistas. A Hungria, em particular, era o local de férias favorito dos alemães orientais que tinham capacidade financeira de o fazer. E a Hungria tinha agora uma fronteira aberta com a Áustria, para além da qual localizava-se a Alemanha Ocidental.
Em Agosto, a embaixada da Alemanha Ocidental em Budapeste [Hungria] foi cercada de pessoas pedindo a entrada na Alemanha Ocidental e assistência na obtenção de documentos que os permitisse deixar a Hungria legalmente. Em 11 de Setembro, cansado de lidar com esses problemas externos enquanto as suas próprias mudanças importantes estavam a realizar-se, o governo húngaro anunciou que todos os alemães de Este então presentes na Hungria, e qualquer um que o quisesse fazer no futuro, poderiam atravessar a fronteira austríaca sem restringimentos. Então o dilúvio para o exterior começou.” (Warren H. Carroll, A Ascensão e Queda da Revolução Comunista, pp. 736-737)
“As notícias disto difundiram-se rapidamente. A seguir à Hungria era a Checoslováquia, em particular Praga, o destino de viagem favorito para os alemães de Este. A Checoslováquia estava ainda sob firme controlo comunista. Mas os seus líderes conseguiam ler os jornais; eles não queriam estrangeiros a causar problemas em tal período. Após vários milhares de turistas da Alemanha de Este terem inundado a embaixada da Alemanha Ocidental em Praga e terem acampado à volta desta, exigindo a passagem para a Alemanha Ocidental, as autoridades checas informaram o ministro das relações exteriores da Alemanha Ocidental que os deixariam ir se Honecker concordasse. Num momento de fantasia que ultrapassa a explicação racional, Honecker concordou com a absurda condição de que os comboios que carregariam os refugiados passassem pela Alemanha Oriental, selados. Isto resultou em cenas de mais e mais pessoas nas cidades da Alemanha Oriental a tentarem desenfreadamente entrar nos comboios selados enquanto passavam — cerca de dez mil em Dresden somente.
Em 3 de Outubro [1989], Honecker baniu todas as viagens para a Checoslováquia através da Alemanha Oriental. Mas ele não tinha muro na fronteira Checa; era um fraterno Estado socialista.” (Warren H. Carroll, A Ascensão e Queda da Revolução Comunista, pág. 738)
“As cerimónias de aniversário deram-se em 8 de Outubro… o dia seguinte era Segunda-Feira — oração e manifestação na Igreja de São Nicolau em Leipzig. E neste dia havia não menos que cinquenta mil pessoas presentes, como se tivessem surgido da terra poluída da Alemanha Oriental. Honecker previra o acontecimento. Ele reuniu uma grande força de polícia secreta, polícia comum e soldados em Leipzig e forneceu-lhes munição real, com a instrução de usar qualquer força necessária para acabar com o protesto. Surgiu uma nova Praça Tiananmen. Mas a ordem para atirar não apareceu… Mas ele [Honecker] recusou-se inflexivelmente a renunciar o uso de força letal contra as massas. Num encontro crítico do Politburo da Alemanha Oriental em 10 de Outubro, apenas dois membros apoiaram Honecker nesta decisão. Até mesmo leais comunistas empedernidos da velha guarda argumentaram contra a ‘solução chinesa.’ (…) Honecker enfureceu-se em vão. Três dias mais tarde ele publicou uma vaga e não-característica declaração prometendo reformas económicas, mais bens de consumo e direitos de viagem expandidos… Em 16 de Outubro, numa Segunda-feira, a quantidade de manifestantes em Leipzig triplicou para cento e cinquenta mil. No dia seguinte o Politburo da Alemanha Oriental reuniu-se novamente… A maioria dos outros membros do Politburo sabiam que o jogo tinha acabado. Não haveria auxílio da União Soviética…
“Com as forças armadas da Alemanha Oriental, que nunca tinham dado um tiro por ira e não estavam nem nunca estiveram defendendo uma nação verdadeira, não se podia contar numa crise. Se as massas em Leipzig triplicaram para cento e cinquenta mil em uma semana, quantas mais poderiam lá estar na Segunda-Feira seguinte? Willi Stoph, o primeiro-ministro, de 75 anos de idade, fez o impossível. Stoph disse a Honecker que ele que tinha de renunciar. No dia seguinte ele fê-lo, alegando razões de doença… Se Honecker não conseguia manter o comunismo na Alemanha Oriental, ninguém mais conseguiria. O Partido, por tanto tempo e até recentemente tão omnipotente, desabou como um castelo de areia à chuva. Em 30 de Outubro, trezentas mil pessoas marcharam após as orações de Segunda-Feira em Leipzig; em 4 de Novembro, meio milhão manifestou-se pela liberdade em Berlim Oriental, exigindo limites ao poder do governo. Em 7 de Novembro, o governo inteiro da Alemanha Oriental resignou, e Honecker foi dispensado do Politburo…
“Dissolvidos no caos, alguns oficiais anónimos do governo emitiram uma declaração de que ‘viagens privadas para o exterior podem ser solicitadas sem cumprir requisitos.’ Ninguém sabia o que isso significava, inclusive provavelmente o oficial que o escreveu; porém, massas de pessoas que apareciam sobre o Muro de Berlim gritavam-na como um slogan, e os guardas de fronteira também não sabiam o que significava. No fim da tarde de 9 de Novembro, os agentes que os comandavam no Muro decidiram deixar passar as pessoas que faziam pressão. Por volta da meia-noite, centenas de milhares passavam pelos portões abertos, regozijando-se e celebrando vivamente, partindo pedaços do muro com martelos improvisados. Oficiais do governo abriram um grande buraco no muro na Potzdamer Platz. Em 11 de Novembro, não menos que um milhão de alemães de Este inundaram Berlim Ocidental a pé ou por qualquer outro meio de transporte… Ninguém mais tentava detê-los… Em 3 de Dezembro, o Politburo inteiro resignou e Honecker foi preso. O Partido [comunista] quase se auto-dissolveu completamente no local… a Alemanha Oriental encontrava-se agora sem futuro. No decorrer do ano de 1990, contrariamente a todas as anteriores expectativas e opiniões informadas, esta passou sem lamentos à história enquanto que a Alemanha foi completamente reunificada sem qualquer oposição significativa de ninguém, nem sequer do governo soviético.” (Warren H. Carrol, A Ascensão e Queda da Revolução Comunista, pp. 738-740)
Para mostrar os fatos acima citados posto abaixo um vídeo que, embora tenha um viés comunista, mostra o clima de alegria do povo da Alemanha Oriental ao se libertar daquele regime que tanto o oprimiu.
Queda do Muro de Berlim - 20 anos
Abaixo, mais outro vídeo de forma bem resumida:
Queda do Muro de Berlim - 25 anos
Tchecoslováquia
“A queda do Muro de Berlim tocou o sino para o domínio comunista na Checoslováquia. Em 17 de Novembro, uma manifestação estudantil de dezassete mil na larga Praça Wenceslas em Praga exigiu a eliminação do ‘papel de líder’ do Partido Comunista Checoslovaco. As forças policiais agrediram alguns manifestantes, e a indignação pública escalou rapidamente… Em 20 de Novembro, duzentas mil pessoas lotaram a Praça Wenceslas de uma ponta a outra a pedir por uma mudança de governo gritando ‘É isso o que queríamos! Está na hora!’ Todos os dias havia manifestação na Praça Wenceslas; todos os dias crescia o já grande número. Em 22 de Novembro, mais de um quarto de milhão gritou ‘fora! fora!’ enquanto o nome dos ministros do governo comunista eram mencionados… Em 27 de Novembro, praticamente o país inteiro juntou-se num ataque geral de duas horas, e o governo… declarou que o Partido Comunista Checoslovaco iria abandonar o seu ‘papel de líder.’ Mas Adamec [o primeiro-ministro] não se moveu rápido o suficiente; o governo ainda largamente comunista que ele propôs foi rejeitado por Havel e pelo Fórum Cívico, e em 7 de Dezembro ele renunciou ao cargo de primeiro-ministro, seguido, dois dias mais tarde, pela renúncia do presidente Gustav Husak… Um novo governo não-comunista foi instituído, e milhões de Checos e Eslovacos celebraram.” (Warren H. Carrol, A Ascensão e Queda da Revolução Comunista, pp. 740-741)
Mais uma vez coloco um vídeo com discreto viés comunista. Não se consegue encontrar bons vídeos em português. Ao menos, este menciona que o movimento foi liderado por católicos, entre outros grupos.
A Contra-Revolução na Tchecoslováquia - 25 anos
Neste outro, um relato em inglês do que foi a Contra-revolução na Tchecoslováquia:
Contra-Revolução de Veludo
Abaixo mostro um vídeo mais humorado e leve de Praga pós Contra-revolução de Veludo. Achei interessante porque mostra o quanto a população tem noção de que a beleza nos leva à Deus - e isso é bem demonstrado através da arte - e que a feiúra representa o mal como é o comunismo. Reparem:
Praga pós regime comunista
Bulgária
“No dia em que o Muro de Berlim caiu, houve uma mudança na
liderança comunista na Bulgária. Todor Zhikov, que governou este mui
obediente satélite da União Soviética por não menos de trinta e cinco
anos, abandonou o cargo sob a pressão da realização de uma reforma que
ele não era capaz ou não queria empreender… Um
mês depois, cinquenta mil pessoas manifestaram-se em Sofia, cidade
anteriormente adormecida, exigindo a resignação do ‘papel de supremacia’
do Partido Comunista. Num imprudente momento de ira
captada por um jornalista televisivo, que o destruiu politicamente
quando foi revelada, Mladenov [que na altura liderava a Bulgária
Comunista] murmurou ‘o melhor a fazer é enviar os tanques.’ No entanto
ele não enviou tanque algum, e tal acção não foi sequer proposta
seriamente nem por este duro governo que fornecera assassinos à KGB
durante muitos anos. Um gentil, modesto filósofo chamado Zhelyu Zhelev
criou a União Democrática, e em 12 de Dezembro, o Partido Comunista Búlgaro concordou em abandonar o seu monopólio de poder e na organização de eleições livres. Uma segunda ronda destas, em 1990, fez de Zhelev presidente.” (Warren H. Carrol, A Ascensão e Queda da Revolução Comunista, pp. 741-742)
Abaixo um link que leva a uma foto muito emblemática. Notem que há dois cartazes: Um com o retrato de cabeça para baixo do ditador comunista Todor Shivkov ao lado de outro com a imagem de Jesus Cristo simbolizando a mudança.
Abaixo um link que leva a uma foto muito emblemática. Notem que há dois cartazes: Um com o retrato de cabeça para baixo do ditador comunista Todor Shivkov ao lado de outro com a imagem de Jesus Cristo simbolizando a mudança.
Romênia
“Resistindo
contra a maré de liberdade, sobrou o por muito tempo incontestado
ditador da Roménia, Nicolae Ceaușescu, e a sua fria e maldosa esposa,
Elena… A família Ceaușescu amava o poder com uma paixão
ardente… Ele manteve a Roménia na pobreza enquanto construia enormes
projectos vistosos… Havia
polícia secreta por todo o lado, mantendo constante vigília em todos os
que fossem minimamente suspeitos de dissidência. Todas as máquinas de
escrever eram registadas na polícia secreta, juntamente com
uma amostra da sua escrita, para que qualquer documento comprometedor
pudesse ser rastreado até à máquina que o escreveu. Assassinos
rastreavam as poucas pessoas proeminentes que conseguiam escapar do país
com sucesso e matavam-nas. No dia 20 de
Novembro, com a Polónia, a Hungria e a Alemanha Oriental libertadas e a
Checoslováquia a caminho da libertação, Ceaușescu disse que jamais iria
imitar essas nações em ‘bloquear o socialismo.’
Uma vez mais, tal como na Polónia e na Alemanha Oriental, a
libertação de um país comunista começou numa igreja… O governo ordenara
Tőkés a deixar a sua paróquia. Ele recusou-se
a fazê-lo. No dia 15 de Dezembro, o prazo dado para o seu despejo,
cerca de mil pessoas manifestaram-se inesperadamente a seu favor. No dia
seguinte o número aumentou para cinco mil. Ceaușescu enviou as tropas.
Os seus oficiais estavam relutantes em abrir fogo, mas Ceaușescu
condenou-os pela sua indecisão e no dia 17 adoptou uma ‘solução
chinesa.’ Cerca de cem pessoas foram mortas e milhares foram feridas.
As pessoas da
cidade responderam com um ataque geral assim que o exército começou a
retirar-se desta, ávido em pôr a cena de seus homicídios para trás das
costas. Manifestações de simpatia começaram em outras cidades;
Ceaușescu avisou que iria utilizar forças similares contra qualquer uma
destas caso continuassem. No dia 21 de Dezembro ele saiu do palácio
presidencial para dar um furioso discurso a uma multidão ao vivo em
televisão nacional. Pela primeira vez em seus vinte e quatro anos de
poder foi deparado com agitação punhos em riste, vaias,
zombarias e gritos que exclamavam ‘Ceaușescu ditador!’ que duraram três
minutos completos. Abismado, ele começou a acenar com as mãos, mas sem
efeito. Elena sussurrou-lhe, ‘Fica calmo! Fica calmo!’ Então, os ecrãs
da emissora televisiva nacional tornaram-se brancos. A multidão de
pessoas cresceu para quinze mil durante o dia e foi finalmente dispersada pela polícia de segurança, que matou treze pessoas.
No dia seguinte, grandes multidões cercaram o prédio usado pelo Comité Central do Partido na Praça do Palácio em Bucareste.
Ainda cheio daquela confiança, própria de um maníaco, Ceaușescu saiu
para dirigir-se a eles. Mas alguém tinha desligado o microfone. Havia
luta nas ruas; as pessoas estavam a entrar no prédio. Nicolae e Elena
Ceaușescu entraram num helicóptero que os esperava mesmo à frente da
multidão agressiva. O helicóptero pousou ainda longe do destino, por uma
estrada aberta… Nicolae e Elena evacuaram e tentaram sinalizar para um
caminhão que passava. Alguns
minutos depois, eles foram presos. Muitos membros restantes do governo…
repudiaram a sua estrutura comunista e pouco depois o seu nome comunista,
culparam Ceaușescu por tudo e safaram-se com esta. O governo
reconstituído desfez-se dos Ceaușescus em velocidade-relâmpago. No dia
de Natal de 1989, eles foram conduzidos a um tribunal marcial, condenados, e executados.” (Warren H. Carrol, A Ascensão e Queda da Revolução Comunista, pp. 742-743)
No vídeo abaixo o último discurso de Ceausescu, no dia 21 de dezembro. Note que a câmera oficial que o filmava treme frente a investida do povo sobre o Palácio, mas não deixa de mostrar a expressão de perplexidade do presidente comunista que não se dá por vencido.
Último discurso de Ceaucescu
No vídeo abaixo o último discurso de Ceausescu, no dia 21 de dezembro. Note que a câmera oficial que o filmava treme frente a investida do povo sobre o Palácio, mas não deixa de mostrar a expressão de perplexidade do presidente comunista que não se dá por vencido.
Último discurso de Ceaucescu
Abaixo, a manifestação popular enfurecida, vista de outros ângulos da transmissão oficial. Ali vemos o povo avançando contra ao Palácio.
Aqui a famosa fuga de Ceaucescu e sua mulher de helicóptero no dia seguinte pela manhã.
Fuga de helicóptero - Romênia - 22 de dezembro de 1989.
Também achei este vídeo para olharem com calma. É uma apanhado de todas estas manifestações contra os países comunistas ligados à URSS do século XX - alguns citei neste artigo e de outros não citados, como Polônia etc. É bem interessante, pois dá uma pequena noção do aspecto psíquico daqueles povos que viveram sob este regime totaliário. O começo é meio assustador, mas siga assistindo até o final.
Colapso da URSS e seus satélites comunistas
Também achei este vídeo para olharem com calma. É uma apanhado de todas estas manifestações contra os países comunistas ligados à URSS do século XX - alguns citei neste artigo e de outros não citados, como Polônia etc. É bem interessante, pois dá uma pequena noção do aspecto psíquico daqueles povos que viveram sob este regime totaliário. O começo é meio assustador, mas siga assistindo até o final.
Colapso da URSS e seus satélites comunistas
Bem, espero que este artigo sirva de inspiração para o povo brasileiro. Que este valoroso povo que deseja o melhor para este imenso País, Terra de Santa Cruz, e tendo como padroeira, Nossa Senhora de Aparecida, compreenda que, para extirparmos o mal do comunismo que o atual governo do PT nos quer impingir, teremos que nos unir à Deus! E que façamos como nos pediu Nossa Senhora: oração e penitência todos os dias. Convidemos Nosso Senhor Jesus Cristo a fazer parte de nossas vidas diariamente. Com certeza alcançaremos algum tempo de paz, não só aqui no Brasil, mas em toda a América Latina!